quinta-feira, 11 de abril de 2013

Avança a greve dos CITs


Após a reunião entre SEP e Administração da ULSAM no passado dia 8, não se chegou à conclusão pretendida pelos enfermeiros a CIT, ou seja, o reposicionamento para os 1200 eur. (ver post anterior
Importante realçar que este já foi o valor acordado após as sucessivas reuniões entre Sindicatos e MS, nos anos anteriores.
Igualmente importante realçar que, mesmo estes 1200 eur, nunca foi o valor pretendido pelos enfermeiros, tendo em conta o valor de referência para inicio de carreira de um licenciado na FP - 1400 eur. Portanto, os enfermeiros são licenciados, mas não são remunerados como tal. 
Por um lado diz-se que os Hospitais têm autonomia de gestão, mas por outro, este e outros hospitais aguardam ordens superiores. Em que se fica então? Têm ou não autonomia de gestão? 
Alguns Hospitais como o de Coimbra, já deram razão aos enfermeiros e os enfermeiros a CIT já foram reposicionados. No sentido oposto, em Viana e em muitos outros locais espalhados pelo país, os enfermeiros organizam-se para formas de luta que ai se avizinham. 
Na TV já vimos recentemente os colegas do Alentejo em greve e manifestação, para a semana iremos ver certamente os do Alto-Minho, Alto-Ave, entre outros.
Será uma greve inédita onde se apela à união de todos os enfermeiros a CIT e CTFP.
É bom que todos tenham presente que uma vitória dos CITs é um avanço para os CTFP, por isso apelo à compreensão e união. Que pelo menos agora os enfermeiros se unam!

14 comentários:

  1. TRISTE! O FADO DOS ENFERMEIROS…

    Como é do conhecimento geral nós, os enfermeiros com contrato CIT na ULSAM, EPE, estamos durante 3 dias em greve por um salário conforme está consignado na lei. Acontece porém que, infelizmente, não contamos nesta jornada de luta com a colaboração de enfermeiros com outro tipo de contrato (alguns dos quais até já esfregavam as mãos de contentes, porque lhes cheirava à oportunidade de realizar horas extraordinárias) e ainda ficamos indignados com a atitude tomada por Chefes e Gestores de departamento, na forma como exerceram pressão sobre os grevistas, intimidando e ameaçando com faltas injustificadas.

    Pensando nós que a luta é justa e que os serviços só têm a ganhar se tiverem os enfermeiros a usufruir dos seus direitos, já que o rendimento máximo de uma equipa se consegue obter tendo os seus elementos satisfeitos, e que, por conseguinte, um chefe/ gestor poderá apresentar os melhores resultados, achamos isso estranho, embora não estejamos surpreendidos com esta atitude.

    Recuando um pouco no tempo, estes que hoje fazem isto e nos impedem de lutar, são os mesmos que, num passado ainda recente, usufruíram de um horário acrescido que, entretanto, lhes foi retirado, sendo que, para minimizar essa perda, foi inventado o ERC, para continuarem a mamar... numa mama que entretanto secou. Na altura espumaram de raiva, mas, passados estes anos, é notório que nem uma compensação, nem outra, faziam sentido… e ninguém se esquece como se movimentaram nos bastidores, em luta por estes benefícios, que só eles achavam que eram justos.

    Consta agora que se estão de novo a movimentar para obterem a "pole position", porque se adivinha que "algo" vai chegar e, para não perderem a oportunidade, até se atropelam para ver quem tira mais coelhos da cartola, como este último, da redução do número de horas nos feriados. Lá diz o ditado “se quiseres conhecer uma pessoa dá-lhe poder”.

    Mas, como a greve não era nada com eles e esta luta até nem lhes diz respeito, bem como terem uma equipa satisfeita ou não tanto lhes faz, não tiveram interesse em resolver este problema anunciado atempadamente, andando "em cima do joelho" a mobilizar enfermeiros de uns serviços para outros. Na verdade, a mobilidade (que tinha terminado, porque se chegou à conclusão que ninguém beneficiava com ela) voltou ao de cima para se pouparem uns "trocos" evitando a chamada de enfermeiros para realizar os turnos extra.

    E o mais caricato disto tudo, são as desculpas descabidas utilizadas para movimentar os profissionais de um lado para outro, com recurso a argumentos anedóticos, como foi o caso de um colega que foi mobilizado porque, para ir para determinado serviço, era bom ter experiência. E qual era essa experiência? Ter trabalhado há mais de 20 anos num outro hospital. Cito, “és o único com experiência, porque trabalhaste no Hospital Velho”.

    Sim, é verdade, este colega, pessoa por quem tenho muito apreço e reconheço a sua competência, referiu-me isso mesmo. Mas, o que é isto? Experiência no hospital velho… só pode ser para rir ou então alguém anda com o INStetino grosso ligado ao cérebro… será que é por isso que tanto se fala em ACREDITAÇÃO e QUALIDADE!?!

    Com isto só tenho que concluir que as lutas podem ser inglórias mas os “GRANDES” também caiem…
    AdolfoDias

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    1. CAMARADAS VAMOS À LUTA...pugnem pelos vossos direitos, façam cumprir a lei.. e os outros( CTFP) façam cumprir a lei, deixem de ser tansos e explorados como uns coitadinhos.
      Vocês sabiam que os chefes da ULSAM fizeram um abaixo assinado para serem considerados gestores (ao abrigo da nova carreira) e com isso ganhar mais cerca de 300 euros por mês? Os tais que dizem que não há dinheiro. vem aí o verão e vão por os tanos a trabalhar sem pagar horas extraordinárias...
      A LUTA CONTINUA..... A LUTA CONTINUA...

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  2. Não penso que a luta tenha sido totalmente inglória... Nenhuma luta é inglória!

    Acho importante reforçar o aspecto acima citado e que está a passar ao lado da discussão: a repressão por parte das chefias e de ALGUNS colegas com CTFP à greve aos enfermeiros CIT, sob as mais diversas máscaras:
    - comentários insultuosos e depreciativos em relação à greve, elementos grevistas e organização da mesma;
    - ameaças de faltas injustificadas (de que faltas se tratam se as pessoas estão em greve???)
    - pressão, neste caso conseguida, para que CIT's assegurassem os turnos;
    entre inúmeras outras formas veladas ou declaradas de boicote!!!

    Afinal será que a classe não entende que a dignificação profissional também passa pelo posicionamento em escalão remuneratório adequado?? (ou será necessário relembrar que sendo a enfermagem uma licenciatura, nunca o será, porque do ponto de vista remuneratório continua num patamar muitíssimo inferior, uma vez mais culpa dos profissionais e dirigentes que à mais de 10 anos a esta parte tiveram medo que recém licenciados auferissem maiores salários que eles?? )
    Afinal passado todo este tempo nada mudou...

    TRISTE! O FADO DOS ENFERMEIROS...

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  3. Revolta no galinheiro…

    Concordo plenamente com este colega e ainda acrescento que se a Administração quer poupar que comece pelos chefes. Porque não pensa em colocar só 1 chefe por departamento, com 1 coordenador por serviço, que tenha capacidade para trabalhar e ao mesmo tempo liderar uma equipa? Será assim tão difícil?

    O que se verifica é uma mordomia, em que uns têm que dar o máximo, saindo exaustos ao fim de um turno de trabalho e outros, todos fresquinhos, sempre sorridentes, no seu gabinete, onde estiveram a fazer sei lá o quê. Por aqui se constata que a evolução do chefe ao longo dos tempos foi passar da enfermaria para um gabinete, ou seja, passou de enfermeiro para administrativo e ainda por cima bem remunerado…
    Que projetos apresentam para os serviços? Que objetivos traçam? - Gestão corrente!!!

    Que eu saiba, chefe devia ser aquela pessoa com experiência a quem se recorre no caso de dúvidas, mas, alguns dos que conheço (porque fui enfermeira “roleta” no tempo da equipe móvel) eles sabem menos que alguns enfermeiros com poucos anos de experiência.

    Uns são competentes e trabalhadores, outros podem ver os serviços a abarrotar de doentes que nem a parte burocrática, de que tanto gostam, fazem, colaborando dessa forma com a equipa.

    Era uma ideia original, verdadeiramente “de elite” abrir um serviço onde só trabalhassem chefes, acreditem, alguns já levavam a fralda de casa…e não lhes fazia mal nenhum sentir o odor duma fralda de vez em quando, pois raramente entram numa enfermaria se os doentes ainda não estiverem aprumados…

    Bárbara

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  4. È verdade. Alguém tem que por fim a isto. É uma desfaçatez total, com malabarismos que náo lembra a qualquer ilusionista. Há os que fazem o turno da tarde porque dá jeito por causa dos tachos lá fora (muitos sem autorização que a Lei exige), outros estão a ganhar a dois e três carrinhos, e ás vezes sem sair do hospital. Outros até fazem horas extraordinárias para assegurar os mínimos!. Que mínimos que carapuças, é para ganhar mais uns trocados. As poucas vergonhas são tantas que só resta colocá-los na mobilidade especial. Espero bem que não seja dispensado quem trabalha, mas antes quem faz de conta. Barbaridades!

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  5. Depois de ler o conteúdo destes comentários, nos quais me revejo, não quero deixar de dar o meu contributo e coloco algumas questões:

    Porque é que é permitido haver horários de 12 horas?

    Porque é que há serviços onde se podem fazer dois turnos seguidos?

    Porque é que há enfermeiros que vêm de longe e até têm que pagar portagens, portanto têm interesse em fazer esse tipo de horário e não lhes é permitido?

    Porque é que alguns chefes/gestores estão acima da lei no pagamento de horas extraordinárias?

    Porque é que há serviços que pagam horas extraordinárias enquanto outros não?

    Porque é que nos retiram uma hora nos feriados e nas CH?

    O grande problema é que os enfermeiros têm andado anestesiados... acordem e lutemos pelo que é nosso por direito próprio!

    Amâncio

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  6. Saiu uma circular a dizer que no período de férias não há lugar a pagamento de horas extraordinárias. E os horários vão quantas horas a mais?
    Ai se isto fosse com a classe médica...
    Acorda enfermeiro!

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  7. Caríssimos o pior está para vir, não querendo ser péssimista só tenho que vos dizer para aguardarem mais uns dias. E então, vamos "SER ULSAM" para isto não falta o graveto.

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  8. A circular até pode sair milhares de vezes, mas há uma coisa que ela não altera.. é que o horário dos enfermeiros é de 140h mensais. Se isso não acontecer exigam horas extraordinárias deixem de ser tansos.. Se não pagarem recorram para os tribunais.. os que são sindicalizados tem apoio juridico gratuito.

    Deixo aqui a legislação se quiserem ler.
    Lei 29/2008 de 11 Setembro – RCTFP
    Artigo 5º - regulamenta horários de médicos e enfermeiros pelos diplomas próprios

    Artº 56 – Decreto-Lei 437/91 de 8 Novembro
    Carreira Enfermagem – 248/2009 – ver artº 43 – 57
    (nunca foi revogado pela actual carreira nem por legislação nenhuma)

    Horas extraordinárias
    Dec. Lei 62/79 de 30 de Março
    Lei 66-B/ 2012 de 31/12/2012


    Quanto aos horários de 12 horas - SÃO ILEGAIS- a legislação é clara nisso - os horários são de 35 h semana - 7 horas por dia- aliás foi nisso que eles se basearam para nos tentar roubar uma hora nas Tolerancia e feriados - SÃO TÃO ESPERTOS QUE NÃO PUSERAM TAMBÉM AS F E AS CH A VALER 7 H.. porque será? Vamos ver quem ganha esta...

    O defeito da maioria dos enfermeiros é que não sabe nada disto.. porque só se preocupam a alimentar o ego com coisas futeis... quando deviam saber a legislação porque se rege a sua profissão e exigir que ela seja cumprida.. não o faz.. passam a vida a deixar andar e a poupar dinheiro ( não sei bem a quem) mas para agradar ao seu superior hierárquico, para este brilhar e parecer um excelente gestor com o dinheiro dos outros.

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  9. Concordo com este comentário e acho que não devíamos deixar passar, exigir individualmente/ em grupo os nosso direitos é um dever que está ainda por cima consagrado na lei.
    As chefias pensam que estão acima de tudo e de todos, não podem ter uma lei conforme as estações doa ano, ou como melhor lhes convém.
    A luta é nossa!

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  10. o inventor Tâncio acha-se muito esperto... mas que fique ciente que não sabe tudo!!!

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    1. Alguém tem que lhe arranjar um novo Excel, nem que seja pirateado que este tipo faz milagres...

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    2. Se repararem o inventor Tâncio, sempre que reúne uma das suas frases típicas é de que "sou uma pessoa inteligente, tão inteligente pode haver, agora, mais do que eu não. Camaradas enfermeiros há um ditado popular "homem pequeno saco de vene..."e realmente para isso, juntamente com alguém, tem ele grandes aptidões. É tão inteligente e tudo resolve, que num dos dias de greve colocou uma assistente operacional nos pavilhões a substituir um de nós. É fácil trabalhar , ou atingir fins com o suor de outros. Quem for capaz que me informe, como é possível alguém ser chefe em mais que um serviço ( Viana, Ponte, Monção e fazer parte de uma comissão), dar formação? e sei lá que mais. Só para inteligentes e ser um grande chefe. O serviço parece ser uma fábrica dele com mais alguns sócios que somente sabem exigir mas nada resolvem, mas é para isso que eles são pagos. Para eles ficam-lhes bem os títulos. O porquê de uma grande maioria dos chefes em dia de greve estarem de compensação de horas, por aqui se demonstra, que a maioria, não faz falta, e mais, o serviço funciona sem pressões.

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  11. Isto no poleiro tem que mudar. Porquê?
    Porque é uma mordomia generosamente paga para não produzir nada…
    Os Chefes de carreira se querem chefiar que apresentem e ponha a votação um projeto para o serviço, onde a equipa que dirigem se reveja, caso contrário que exerçam funções como os outros enfermeiros…
    Agora, um enfermeiro passar toda a carreira, cada vez mais longa, a aturar incompetentes, isso é que não…

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